terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Avaliação do trabalho da banda The Jimi Hendrix Experience

  Jimi Hendrix é considerado por muitos até hoje o melhor guitarrista que já existiu. Mas alguns dizem isso sem conhecer direito o trabalho que ele fez. Por isso vou mostrar minha avaliação dos discos de Jimi Hendrix.
  A banda mais importante com a qual Jimi Hendrix tocou e que fez o maior impacto foi a The Jimi Hendrix Experience, um trio constituido por Mitch Mitchell na bateria, Noel Redding no baixo e Jimi Hendrix na guitarra e no vocal.

Axis: Bold as Love
Are You Experienced
  A primeira gravação importante que a Jimi Hendrix Experience fez foi o clássico álbum Are You Experienced. Considerado por muitos o melhor álbum do grupo, contém boa parte dos clássicos do Jimi Hendrix Experience, como "Foxy Lady", "Hey Joe","Purple Haze" e "The Wind Cries Mary".
  Realmente é um álbum muito bom, com um ótimo e criativo trabalho na bateria de Mitch Mitchell, um baixo que marca a harmonia e em certas músicas o tempo (coisa que a bateria deveria marcar, mas em certos casos, a bateria acaba criando uma melodia prórpia e portanto deixa a obrigação para o baixo. Acontece na maioria das vezes no Jazz, quando a bateria improvisa e sola) tocado por Noel Redding. Mesmo que Noel Redding fosse originalmente guitarrista e muitas pessoas não gostam quando guitarristas tocam baixo como se fosse a mesma coisa que a guitarra, Noel Redding fez um verdadeiro bom trabalho com as linhas de baixo no álbum. Admito que antes de saber que ele era na verdade um guitarrista, eu achava que ele era um baixista mesmo de tão bom que seu trabalho foi. Além dessas obrigações, Noel Redding acabou encarregado de firmar uma base para as músicas, muitas vezes sozinho, já que Mitch Mitchell fazia regularmente viradas e suas linhas de bateria serviam mais para deixar a música mais dinâmica do que para ser firme e ter uma base. Não é um defeito, mas acabou deixando Noel Redding com uma enorme responsabilidade nas costas. Todas as obrigações deixadas a Noel Redding foram realizadas excelentemente pelo mesmo. O trabalho de Mitch Mitchell foi muito bom, pois ele sabia exatamente o que fazer nas músicas. Quando precisava marcar o tempo, marcava, e sempre que podia, ou precisava criar sua própria melodia e fazer sua viradas típicas e impecáveis, as fazia. E o trabalho de Jimi Hendrix, assim como o de todos os outros músicos da banda, foi simplesmente impecável, como esperado, considerando-se o que as pessoa falam sobre ele. Tanto na guitarra quanto no vocal, Jimi Hendrix fez um trabalho muito bom. A maioria das músicas gira em torno de riffs na guitarra, já que as músicas e a banda são de Jimi Hendrix, mas ele dá bastante espaço para o resto da banda, principamente Mitch Mitchell, que se tornou um grande amigo dele. As músicas são muito boas, bem trabalhadas e as melodias foram muito bem exploradas, transmitindo o clima que Jimi Hendrix provavelmente queria que as pessoas sentissem ao ouvir a música. Começando com a simulação de microfonia de "Foxy Lady" e acabando com o poderoso riff de "Highway Chile", Are You Experienced é um ótimo álbum que merece ser comprado e provavelmente o mais famoso de Jimi Hendrix.
  A segunda gravação da banda foi Axis: Bold as Love. Um disco com mais influências da música pop da época, tem músicas significantemente mais curtas que normalmente, tendo poucas músicas que passam de três minutos, duas que passam de quatro minutos e apenas uma que passa de cinco minutos de duração. Com melodias mais simples e menos exploradas, o álbum poderia ter músicas um pouco mais longas e poderiam ter sido melhor aproveitadas, pois observa-se que algumas melodias tem potencial para músicas longas e mais complexas, mas optaram por músicas mais simples e curtas. As músicas são curtas provavelmente porque o Jimi Hendrix Experience tinha um contrato no qual constava que deveriam ser gravados dois álbuns em 1967, que foram o Are You Experienced e Axis: Bold as Love, o que limitou o tempo de composição e gravação da banda, além de criar pressão.
Electric Ladyland
  O álbum começa com a faixa chamada EXP, na qual a voz  de Mitch Mitchell, interpretando um radiologista, foi acelerada e a de Jimi Hendrix, interpretando um álien disfarçado de Paul Caruso, um cosmólogo, foi deixada mais lenta, enquanto conversam sobre OVNIs e ETs, até que o álien entra em uma nave e volta para seu planeta natal. Então começa a jazzística "Up From The Skies" começando com Mitch Mitchell realizando uma virada hipnotizante com vassourinhas em sua bateria. Novamente todos os músicos fizeram um ótimo trabalho. Mitch Mitchell tocando sua bateria o melhor possível, enquanto reveza a obrigação de manter o tempo com o baixista Noel Redding, que manteve a harmonia, em certas músicas o tempo e criou uma melodia que realizou as obrigações de acompanhar e criar uma base para a música. Como no primeiro álbum, certas vezes Noel Redding ficava com toda a obrigação de firmar uma base para a música pelo mesmo motivo do primeiro álbum. Pelas músicas serem curtas, o álbum ficou bastante dinâmico.
  Com algumas músicas clássicas, como "If 6 was 9", "Spanish Castle Magic", "Castles Made of Sand", "Little Wing" e "Bold as Love", é meu álbum preferido do The Jimi Hendrix Experience. Por vários efeitos de esúdio terem sido usados, poucas músicas tinham condições de serem tocadas ao vivo, com excessão de "Spanish Castle Magic" e "Little Wing", que eram tocadas em quase todas as apresentações do grupo.
  E, como sempre, o trabalho de Jimi Hendrix, tanto no vocal, quanto na guitarra e na composição foi excelente. As músicas são bastante tranquilas, relaxantes e com melodías e climas inesperados.
  E então chegamos ao último álbum de estúdio lançado pelo The Jimi Hendrix Experience. "Electric Ladyland" é um ótimo álbum, com poucas músicas realmente famosas, com a incrível versão da banda da antes pouco conhecida música de Bob Dylan "All Along the Watchtower" e com o incrível Blues de "Voodoo Chile". Segundo o livro "1001 Discos para ouvir antes de morrer", apenas a "Voodoo Chile" de 15 minutos, a mais dinâmica "Voodoo Child (Slight Return)" e a "All Along the Watchtower" já tornam o disco clássico. Eu tenho que discordar. Muitas outras músicas tornam o disco clássico. Músicas como "The Burning of the Midnight Lamp", "1983 (A Mermand I should turn to be)", "Moon, Turn The Tides... Gently,Gently, Away" entre outras.
  Infelizmente, por brigas com Jimi Hendrix por não estar tocando seu instrumento original (guitarra), Noel Redding participou relativamente pouco da gravação do álbum, tendo gravado apenas cinco músicas do álbum. As outras músicas foi Jimi Hendrix quem gravou o baixo, com excessão de "Voodoo Chile".
  A capa do álbum foi algo muito controverso, pois Jimi Hendrix mandou uma carta descrevendo e até pintando o que queria na capa, porém a carta foi ignorada e foi usada uma foto vermelha e amarela de seu rosto. Na versão inglesa, nas primeiras edições, apesar de contra a vontade de Jimi Hendrix, foi usada uma foto de uma sala com 19 mulheres nuas (sem comentários, Léo!), que depois foi usada como foto da parte de dentro da capa, já que era um LP duplo. A família Hendrix depois proibiu o uso da foto como capa por ser contra a vontade de Jimi.
  Mitch Mitchell fez um ótimo trabalho na bateria, como sempre. Jimi Hendrix, como previsto, fez sua "magia" na guitarra uma vez mais para que nós, meros mortais, possamos aproveitar seu talento, que na época já estava a apenas dois anos da morte. E na composição, Jimi Hendrix fez um de seus melhores trabalhos em certas músicas, como "Voodoo Chile" e "1983 (A Merman I should turn to be)", músicas simplesmente geniais. Apesar da grande confusão que houve com as gravações do baixo, por causa de brigas, quem quer que tenha tocado baixo nas músicas fez um trabalho muito bom. Nesse álbum, o baixista teve mais espaço para criar suas prórpias melodías no baixo, um pouco mais aliviado das obrigações anteriormente impostas ao baixo. O peso do baixo para a melodia, o tempo e a base da música não são mais tão grandes, por causa da ajuda que dessa vez Mitch Mitchell proporcionou ao baixista fazendo linhas mais estáveis de bateria, sem largar mão de suas incríveis viradas. Para terminar seu incrível trabalho em estúdio, a última música (que na verdade são duas, mas interligadas), "1983" e "Moon, turn the Tides...", é em minha opinião uma das melhores de Jimi Hendrix e de todos os tempos. Ela começa bem simples, com alguns riffs calmos de Jimi Hendrix, enquanto o mesmo conta uma história de um mundo no qual ocorre uma guerra nuclear e portanto, cidades foram destruídas e poucos sobreviveram. Conta sobre um casal, na perspectiva do homem, que caminha nesse mundo destruído. Eles caminham e tentam aproveitar ao máximo o tempo que tem, pois sabem que tudo pode acabar a qualquer momento. Então, depois de contar os detalhes, quando a música entra em "Moon...", continua com um pequeno solo de bateria e então vai continuando lentamente. Então com alguns curtos riffs de guitarra que vão evoluindo muito lentamente até que chegam a uma melodía bastante agradável, mas que também permanece apenas por um curto tempo. Então o baixo entra quase sozinho e toca um solo próprio, apenas acompanhado da bateria. Depois do solo do baixo volta a banda inteira com uma melodia impactante e rápida, também passageira. Então, depois de uma longa virada de bateria, volta o vocal de Jimi Hendrix narrando a história. E depois, com uma entrada triunfante, volta o riff inicial. Então um solo de guitarra e depois, quase silêncio, com alguns efeitos sonoros e às vezes algumas viradas na bateria. E acaba com um som de algum ser voador indo perto e indo embora.
  Na minha opinião, essa "despedida", como chamo por ser a última música do último álbum,  do Jimi Hendrix Experience é uma das melhores e mais emocionantes despedidas de todos os tempos. Com uma viagem dessas. Minha sugestão ao ouvir a música é fechar os olhos e deixar a banda te "guiar pela imaginação", como disse a uma amiga. Você vai se surpreender com o que a música pode fazer com você.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Sobre gravadoras e G.G. Allin

  Certo dia, enquanto lia notícias sobre Rock e Heavy Metal no site Whiplash.net, encontrei uma matéria sobre um ser peculiar, chamado GG Allin. Trata-se de um cantor de Punk bastante revoltado e pouco conhecido até no mundo do rock. Suas apresentações incluiam brigas e espancamentos em pessoas da plateia, ele entrando muitas vezes e fazendo algumas vezes a apresentação inteira nú, colocava o microfone e outras coisas em seu ânus e várias outras coisas que não se ve em todo lugar, digamos assim. Muitas apresentações dele nem chegavam ao fim, pois a polícia interrompia prendendo-o por perturbar a ordem.
G.G. Allin em concerto
  Enquanto estava na prisão, G.G. Allin escreveu um manifesto contra o que o Rock havia se tornado. Apesar de aparentar ser um doente mental, afinal sua lógica não é tão absurda assim. Ele disse que a música, por causa do dinheiro, se tornou algo controlado por empresários, que todas as bandas acabaram se vendendo, que até as bandas mais agressivas, como o Sex Pistols o decepcionaram e que as bandas de hoje em dia apoiam o que deveriam 'destruir'. Que a música deve ser tomada das rádios, das gravadoras e dos empresários e que deveriam voltar ao estilo Underground antigo.
  E tudo isso me fez pensar. Será que as gravadoras são tão ruins assim? Elas de certa forma patrocinam as bandas. As gravadoras fazem as pessoas ouvirem o que as bandas tem a dizer. Elas de certa forma dão voz às bandas. Mas ninguém faz uma coisa dessas e graça. Principalmente porque também custa fazer uma banda ser ouvida. Então as gravadoras impõem certas condições aos músicos. E apesar de quase todos os músicos falarem mal as gravadoras, no fundo todos sabem da importancia das gravadoras. Um problema do estilo Underground é que apenas os que querem muito ouvir a música ouvem ela, já que as bandas não tocam de graça, mas também não tocam na rádio. Entao uma gravadora descobre a banda e a leva ao resto do mundo. Pois as mensagens do rock não são apenas aos fãs, mas sim ao mundo inteiro. Mesmo que as pessoas não gostem, elas pelo menos ouvem a música e refletem sobre o que ela quer dizer. É como se as gravadoras tirassem os rebeldes das tocas e os levassem às ruas para protestar. E pagam aos rebeldes tudo o que eles precisam. Mas com as condições que a gravadora impuser.
  Investir em uma banda é, para as gravadoras, um investimento como comprar imóveis ou outro qualquer. Eles pagam, cobrem as despesas e esperam um lucro. E para conseguir lucro as gravadoras fazem propaganda das bandas. Mandam eles fazerem turnês. Mandam eles gravarem álbuns. Mesmo que existam grandes absurdos em certos contratos de gravadoras, elas são extremamente importantes. Peguemos como exemplo o Sex Pistols. Eles tinham contratos com gravadoras.  Seu único álbum de estúdio 'Never Mind the Bollocks ...' foi lançado pela Virgin Records no Reino Unido e a Warner Bros. nos EUA. E por melhor que a música deles fosse, ela provavelmente não teria atingido ninguém se não houvesse o apoio de gravadoras. As gravadoras mostraram ao mundo o que essa banda é. Fizeram propaganda deles. Deram uma chance a todos para pelo menos ouvir uma vez e decidir se gosta ou não. Se não fossem as gravadoras, certas pessoas nem teriam a oportunidade de saber se gostava ou não da música do Sex Pistols pois nem chegaria a ouvi-la. E muitas bandas sonham com um contrato com uma gravadora. E eu já ouvi muitas histórias absurdas de gravadoras.
  Certas gravadoras exigem coisas que não se pode exigir de uma banda. Por exemplo, algumas gravadoras mandam uma banda escrever e gravar um 'Hit' em duas semanas. Isso eu considero um absurdo. Como a banda pode saber o que a gravadora entende por um Hit? E a maioria dos Hits aparecem depois de muito tempo de melhorias na música. Eles passam às vezes meses pra escrever e deixar a música do jeito que eles querem. Então gravam e veem se as pessoas vão gostar. As gravadoras não podem também mandar uma banda gravar um álbum inteiro em algumas semanas. A banda precisa de um bom tempo para poder explorar a criatividade deles para o estilo do álbum. E isso não pode ser forçado. Li uma vez uma história do Matanza, em que uma gravadora demitiu-os pois em um de seus primeiros álbuns não havia nenhum hit de rádio. Isso sim eu achei um absurdo, pois provavelmente para a banda o álbum estava bom, mas o público não gostou. Mesmo não devendo obrigar as bandas a escrever músicas a banda também não pode simplesmente ficar parada, pois a banda custa para a gravadora e ela precisa de retorno.
  Se houver uma banda que consegue pagar as próprias gravações e se promover será melhor do que assinar um contrato com uma gravadora, pois a banda recebe o lucro integral e não tem essas exigencias das gravadoras. Mas como poucas bandas tem tanto dinheiro para isso, elas começam procurando uma gravadora que aceite assinar um contrato com elas.
  Se G.G. Allin ainda estivesse vivo, um dos argumentos que poderia ser usado contra ele é o próprio rumo que sua vida seguiu. Sua mensagem é uma mensagem que apenas cria efeito se for transmitida a todo o mundo. E como ele se recusava a assinar com gravadoras, acredito eu por causa de sua performance no palco e por que a gravadora iria proibí-lo de fazer várias coisas, sua mensagem foi transmitida a um minúsculo grupo de pessoas. E, portanto, ele morreu tendo feito um pequeno impacto no mundo. Tudo por que ele não tinha dinheiro suficiente para se promover, não assinou com gravadoras e por que muitos não gostam de pagar para ver um homem estranho nú se espancando e para ser espancado.
  Ele dizia que o Sex Pistols não deveria ter assinado com as gravadoras. Mesmo que as gravadoras tenham pribido o Sex Pistols de fazer várias coisas e tenham obrigado o Sex Pistols a serem um pouco menos agressivos, a agressividade que restou depois de tirado tudo o que as gravadoras proibiram causou um impacto maior no mundo do que a enorme agressividade de G.G. Allin, por que o Sex Pistols teve propaganda da gravadora, G.G. Allin não. E no fim  o Sex Pistols acabou tendo deixado um legado e uma mensagem contra as autoridades no mundo, G.G. Allin morreu tendo deixado uma mensagem que poucos vão ouvir ou ler e rapidamente será esquecido.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Sobre o Sex Pistols, o Punk antigo e o Post-Punk

  A banda que para muitos criou o movimento Punk, foi o Sex Pistols. O Punk é uma música agressiva, simples e foi uma resposta ao Rock Progressivo da época que para eles era muito "certinho". O Sex Pistols gravou seu lendário e único álbum "Never Mind the Bollocks, here's the Sex Pistols" que foi praticamente o começo desse incrível estilo que acabara de nascer e depois causaria grande influencia no Metal: o Punk Rock.
  Se você me perguntar, eu prefiro muito mais o Punk antigo ao novo, pois ele é mais agressivo, mais irregular, mostrando a raiva dos músicos e bastante ousado, considerando-se que o Sex Pistols foi uma das primeiras bandas inglesas a criticar a Rainha em sua música "God Save the Queen". Logo após o Sex Pistols várias bandas começarma a surgir tocando músicas parecidas. Entre elas o X. Mas uma banda se destacou entre todas elas: O The Clash. Eles eram de um estilo parecido, mas logo se destacariam e influenciariam muitas bandas. Sobre o The Clash, por certos motivos, prefiro contar em outro post.
  Então surgiu essa enorme onda, que as pessoas chamaram pejorativamente de Punk. Todos tiveram que tomar um lado: apoiar o Punk ou ficar contra ele. Um monte de bandas surgiram e tão rápido quanto o fizeram desapareceram. Poucas bandas realmente fizeram sucesso e menos ainda são lembradas até hoje.
  O Punk original desapareceu relativamente rápido. Após alguns anos as maiores bandas do gênero já estavam desaparecendo e as pessoas esquecendo. Algumas bandas por conflitos entre músicos, por conflitos com drogas, com mulheres (como foi o caso do Sex Pistols, em que Sid Vicious, baixista da banda, mal sabia tocar baixo, conheceu uma mulher que estragou sua relação coma banda e teve inúmeros problemas com as drogas, que levou-o à morte e ao fim da banda) e outras bandas por terem sido mal compreendidos por seus fãs.
Sex Pistols
  Um grande problema que algumas bandas de Punk sofriam era quando seus fãs compreendiam as músicas da banda de forma errada. Como foi explicado uma vez em entrevista à bada X, uma de suas músicas mais famosas "Johnny Hit and Run Paulene" era uma música anti-estupro. Mas os fãs começaram a entender de forma errada e começaram a achar que era uma música sobre agressividade, ódio e essas outras coisas. Então a banda deixou de tocar a música, pois mesmo tendo uma mensagem positiva causava uma reação negativa no público.
  Meu irmão me disse uma vez, que segundo ele, o Punk tinha um protocolo de certa forma rígido: havia uma forma de se vestir, que era com as jaquetas de couro, calças jeans, roupas rasgadas entre outros, tinham um corte de cabelo que deveriam utilizar, todos tinham que estar sempre bravos, irritados e várias outras exigencias. Era um protocolo rígido e tão específico que contradizia com a mensagem principal do Punk de inovação, revolta, individualidade e fuga de padrões. Eles fugiram dos padrões antigos e criaram outro, o que foi ridículo, pois não foi muito melhor do que o que existia antes. Já não era mais individualidade nem inovação, pois depois de um tempo todos os Punks eram iguais. E isso criava um padrão. O que o Punk queria mais evitar e o que soa ironico, sendo que o Punk surgiu como revolta em relação aos padrões do Rock Progressivo da época. Então surgiu o Post-punk, em que já não existia o protocolo tão rígido que tinha o Punk original. Este tinha influências de vários outros estilos, não precisava estar sempre bravo e irritado, podia se vestir da maneira que quisesse e já não era mais um padrão. Era realmente individual. Ou seja: não sendo mais tão agressivo nem padronizado, o Post-Punk acabou transmitindo melhor a mensagem de individualidade e de revolta do Punk. E o The Clash é responsável por ter divulgado o Punk por todo o mundo.
  Em minha opinião, o Sex Pistols teve o mesmo precurso que o Punk: nasceu da raiva dos padrões, fez um sucesso colossal, teve inúmeros fãs, teve problemas com drogas e mulheres, e poucos anos depois de ter surgido, desapareceu. O Sex Pistols é uma das únicas bandas do Punk antigo que é bem conhecida até hoje.
  Apesar de tudo o que falarem, se você me perguntar por que o Punk durou tão pouco tempo, minha resposta vai ser sempre a mesma: O Punk (original) exige que você esteja bravo e irritado o tempo todo. E ninguém consegue estar irritado o tempo todo.

Pink Floyd e mudanças na música

  Certa vez li que algumas pessoas admiram o Pink Floyd, porque em toda a carreira deles eles tocavam o que queriam e tinham vontade de tocar e, diferente de muitos, mesmo assim faziam sucesso. E eu passei o tempo todo depois de ler isso acreditando que isso era um aspecto extremamente positivo. Uma banda que ignora o que a mídia pede e toda a lavagem cerebral existente na mídia até hoje e que mesmo assim faz sucesso. Então, certa vez, meu irmão me falou que os músicos que não se importam com os seus fãs são extremamente arrogantes e um bando de inúteis como músicos. Então fica a questão: Os músicos devem fazer música para sí mesmos ou para seus fãs. Meu irmão utilizou como argumento a grande quantidade de guitarristas, que apenas por terem finalmente dominado a arte do arpejo na guitarra escrevem músicas inteiras, que são na verdade basicamente solos intermináveis, compostos apenas por uma base ridícula por trás e o guitarrista fazendo arpejos na guitarra o mais rápido o possível. Utilizou também as músicas do Dream Theater que são apenas os músicos fazendo solos incoompreensíveis e irritantes. Não que ele não goste de Dream Theater, pois é um grande fã. Apenas não aprova as músicas mais novas em que não existe praticamente melodia nenhuma, apenas John Petrucci e o John Myung tocando arpejos e fazendo solos.
  Eu, que apoio a ideia de que o músico deve fazer música que ele mesmo goste, utilizei como argumento o Pink Floyd, que continuou sempre com seu rock progressivo e mesmo com a evolução da música no resto do mundo fez sucesso. Também disse que, mesmo que muitas pessoas gostem, eu nunca tocaria uma música de Hip Hop ou Techno. Pois não gosto.
  Então ele me lembrou de um guitarrista extremamente reconhecido por todos: Brian May. Me explicou que seus solos não são rápidos, nem difíceis, mas harmoniosos e com uma melodia agradavel. Coisa que aparentemente poucos guitarristas conseguem fazer hoje em dia. E também que ele não é que nem esses guitarristas de hoje em dia que tocam apenas para que os outros fiquem dizendo como ele é rápido e preciso. Pois estes estão apenas tocando pela reputação deles. Brian May tocava para criar uma música mais bonita, harmoniosa e melhor.
  E eu dizia sobre as bandas que mudam seu estilo apenas para agradar seus fãs. Que tentam acompanhar o que deveria ser a evolução na música. E muitos deles acabam perdendo fãs por não terem mantido seu som original e muitos dizem que a banda se vendeu. Dizia também que, se músicos como Jimi Hendrix estivessem apenas pensando em seus fãs, não teriam criado coisas extremamente novas, inovarodas e experimentais. A música não teria evoluído. Todos nos manteríamos na música do passado. Talvez o Rock nunca tivesse nascido. Portanto nem o Heavy Metal. Talvez ainda estivessemos presos à música erudita. E eu acho que ter apenas um estilo músical, mesmo que seja tão complexo e harmonioso como a música erudita, por séculos me soa de certa forma monótono.
  E então, depois de um longo tempo de discussões percebemos que não avançariamos mais, pois sabiamos que nenhum dos lados ganharia nem perderia pois os dois tinham argumentos ótimos, mas também seus pontos fracos. E chegamos a uma conclusão: Que é necessário existir um equilíbrio entre agradar aos fãs e agradar a sí mesmo. Mesmo assim permaneceu a questão: Pra quem é feita a música? Para os músicos ou para os ouvintes? Os músicos devem escrever músicas para que eles mesmos gostem ou para que o povo goste? Seria egoísmo fazer música apenas para sí mesmo. Mas também não devem se vender apenas para agradar à grande maioria. Como disse antes, é crucial que exista um equilibrio entre os dois.
  Como eu digo, um guitarrista que sabe tocar arpejos com perfeição, fazer solos rápidos, conhece as escalas, campos harmonicos, etc. é um bom guitarrista. Agora um guitarrista que sabe tocar em uma banda, que sabe deixar espaço aos outros músicos, acompanhar os outros, sabe a hora de solar, deixar os outros músicos se destacarem e principalmente se comunicar com a banda através da música é um bom músico. Ser um bom guitarrista não implica ser um bom músico. Ninguém quer ter  uma banda com um bom guitarrista que não é um bom músico. Nem com um bom músico que (caso seu instrumento principal for a guitarra) não é um bom guitarrista.
Pink Floyd
Brian May do Queen
  Muitos guitarristas tem muito menos técnica que outros, mas são muito mais reconhecidos. Pois sabem a hora de fazer as coisas. Não exagerar. Manter o equilíbrio. E sempre tentar inovar.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Sobre estilos de vida de músicos

Lemmy Kilmister
  Certo dia, enquanto lia notícias de músicos em um site (Whiplash.net, o meu preferido) e vi um video mostrando o apartamento de Lemmy Kilmister, frontman, baixista e cantor do Motörhead. E vi, como provavelmente todos observarão, que não é uma casa dos sonhos. É relativamente pequena, cheia de coisas, de certa forma desorganizada e não é a casa que se espera que um músico como o Lemmy tenha. Comparando com as casas de Gene Simmons (Kiss) e Ozzy Osbourne, outras lendas do rock/heavy metal, observa-se uma enorme diferença, considerando o tamanho e a organização.
  Na época em que vi imagens de sua casa, eu estava pensando em formar um trio inspirado no Motörhead. E quando vi as imagens, eu pensei "É em um lugar desses que eu quero morar?" Foi então que eu percebi o que eu estava dizendo. Então percebi que a simples possibilidade de eu me importar com o dinheiro ganho na minha carreira musical contradizia boa parte dos meus conceitos. Então eu parei para refletir e hoje compartilharei minha reflexão com vocês.
  Muitas vezes eu disse que a pior, ou uma das piores, coisa que um músico faz é tocar por dinheiro. Ficar lá no palco se preocupando com o dinheiro que vai ganhar por tocar ali. E que os músicos realmente bons e reconhecidos não tocam pensando no dinheiro. Ficam pensando na música em si. Como disse outra vez e como algumas pessoas me dizem, principalmente minha professora de canto, é que o músico deve estar no palco em corpo e alma, em pensamento, em tudo.
  E então eu percebi, que sim, eu estaria disposto a morar em uma casa que nem a de Lemmy, se eu me tornasse um ser tão importante, famoso e reconhecido na música mundial. Lemmy é considerado, apesar de muitas vezes apenas de brincadeira, Deus. Ele praticamente, junto do Motörhead, criou o Speed Metal, segundo alguns. O Motörhead foi a inspiração de inúmeras bandas de Metal, apesar de sempre dizerem que são uma banda de Rock. E percebi também que, se eu fosse o Lemmy eu não me importaria de morar em uma casa que nem a dele, e que se eu algum dia chegasse a ser tão reconhecido e famoso quanto ele, eu estaria extremamente satisfeito com a minha carreira. E também que eu não estou entrando no negócio da música pelo dinheiro, pois, como já disse antes, isso vai contra os meus conceitos músicais, mas sim pela própria música. Lemmy foi uma das pessoas que mais contrinbuiu para criar o Metal como conhecemos hoje. Outras pessoas e bandas foram o Black Sabbath, Ozzy Osbourne, Judas Priest, Led Zeppelin (apesar de muitos não considerarem) entre outros. E se algum dia meu objetivo de contribuir à música for concluido, eu já terei feito tudo que eu queria nesta vida, e nem irei me importar com dinheiro, nem com casas, carros, nada. Já terei conseguido tudo que queria com a música. E basicamente tudo que queria da minha vida.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Sobre o projeto Lulu

  O projeto Lulu, de Lou Reed & Metallica, foi inspirado em uma peça de teatro que conta uma história sobre uma mulher chamada Lulu. As músicas foram inspiradas em músicas anteriormente escritas por Lou Reed.
  A maioria dos fãs do Metallica não gostou nem um pouco da união nem do resultado. Sinceramente eu fiquei intrigado. Não sabia o que achar. Depois disso veio um certo desgosto pela primeira música "liberada" "The View". Mas então ao analisar melhor a música e a letra, percebi que essa fosse talvez uma das mais importantes unioes para a música. Se formos analisar a história, trata se de uma mulher, que começa sua jornada na Alemanha. Ela sofre vários problemas sociais e psicológicos. Eventos, como traições ocorrem em sua jornada o que causa profundo ódio, agonia, depressão e vários outras emoções negativas. Mas o que isso tem a ver com a união? Bom, sinceramente eu acredito que Lou Reed fez a escolha certa ao chamar o Metallica. Por que? Pense bem: o que melhor para retratar o ódio, a agonia e depressão de uma pessoa do que uma banda de Metal? E o som e estilo do Metallica ajudaram muito a retratar exatamente as emoções dos personagens. O contraste entre agressividade, raiva e de tristeza, depressão. Poucas bandas seriam capazes de fazer tal trabalho tão bem quanto o Metallica. E a voz instável e ótima entoação e "encenação" de Lou Reed ajudaram muito para sentir a atmosfera do evento.
  Muitos não gostaram por causa da repetitividade das músicas e a falta de harmonia entre o instrumental e o vocal. Mas existe uma ótima explicação para isso. Quem já ouviu o álbum, percebe que os instrumentos criam a atmosfera e o local de onde as coisas acontecem, enquanto Lou Reed nos conta o que acontece e faz as falas e pensamentos dos personagens.
  Mas por que essa é uma das mais importantes uniões para a música? Porque ele faz você sentir a música, algo que já não ocorre a um bom tempo. A música, mesmo sem letra, já conta parte da história sozinha, e a letra explica melhor e conta os detalhes da história. O conceito de sentir a música é um conceito já muito antigo, da época do Jazz e do Blues. O Jazz, muitas vezes sem letra, é capaz de te levar até outros mundos, outras realidades alternativas. Apenas tocando eles te guiam por uma viagem ate os fundos de seu cérebro e imaginação. Te mostram a sensação dos músico na hora em que escreveram a música. Um ótimo exemplo que eu gosto muito, é Blues in Green, de Miles Davis, de seu álbum mais famoso Kind of Blue. Apesar do nome, é uma música de Jazz, que no meu caso e no caso de muitas pessoas, levou me em uma viagem a um local já conhecido, mas esquecido. Explicarei em outra postagem o destino de minha viagem. E no Rock, mais frequente no progressivo e psicodélico, também acontecia isso, em que algumas poucas linhas eram cantadas e o resto era o seu cérebro quem dizia.
  Artísticamente, o Lulu foi um álbum fantástico, representando a trajetória desse ser misterioso e perturbado que seria a Lulu. Mostra seus momentos de raiva, tristeza, incredulidade e até certas alucinações, que são citadas em diversas músicas.
  Não são o tipo de músicas que você sai cantando por ai nas ruas, mas são músicas que geram um efeito no momento em que se ouve ela. Músicas, em que você simplesmente é posto no local de um determinado personagem e ouve e fala exatamente o que o personagem falou na história.
  Considero o álbum simplesmente ótimo, mas mesmo assim reconheço o motivo de tanta reprovação das pessoas. Mas você só vai descobrir o que você sente e acha da música ouvindo ela você mesmo.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Opressão e preconceito

 Na Indonésia, 65 fãs de punk foram pegos numa emboscada, armada no local de um falso show de uma banda de Punk Rock. Os fãs foram com a intenção de ver o show de uma banda de Punk Rock, mas acabaram tendo seus cabelos longos cortados, suas roupas queimadas, seus piercings retirados e ainda foram atirados em um lago, para uma certa "limpeza espiritual".“Por que? Porque o meu cabelo? Não machucamos ninguém, apenas escolhemos nos expressar assim. Estão nos tratando como criminosos”, disse uma das vítimas. O chefe da polícia disse que apenas queriam colocá-los no caminho certo da moralidade. Mas resta uma pergunta: O que estava errado no jeito deles de ser? Essas pessoas se dedicaram a um estilo de vida que os agradava, gastaram dinheiro e dedicaram tempo para conseguir ter a vida que eles queriam. Então por que triá-la deles? Quando ter um cabelo longo prejudicou qualquer pessoa (digo isso pois tenho um cabelo longo também)? Eles não prejudicaram ninguém sendo do jeito que são, não infringirama lei, não causaram mal a ninguém. Apenas, como disse a vítima, quiseram se expressar daquele modo. Os policiais agiram como se aquilo fosse errado e se existisse um modelo de cidadão perfeito que todos deveriam seguir. Eles fazendo isso estão limitando a liberdade de expressão. Se alguém acha cabelo longo legal e quer ter um, qual o problema? Alguém ter cabelo longo pois gosta é a mesma coisa do que ter cabelo curto. Aliás, a Bíblia diz que cabelos e barbas longas simboliza que a pessoa que os traz em seu corpo é uma pessoa pacífica, já que cabelos e barbas longas poderiam ser usados como vantagem aos inimigos, que poderiam puxá-los, de certa forma imobilizando quem possui o cabelo longo.
 O Rock, enquanto existir e for agressivo, vai ter vários adversários que acharão o Rock algo completamente errado. Desde seu surgimento, nas décadas de 50 e 60, várias pessoas o associam ao diabo, à desordem, ao vandalismo, destruição e várias outras coisas com as quais o Rock pouco tem a ver. Eles acreditam que Rock é errado, que Rock estimula a agressividade nas pessoas. Porém, sinceramente, a pessoa perfeita ao governo é aquela que não tem opinião própria, apenas segue cega e surdamente as ordens, não pensa e acredita em tudo o que dizem. O que é o contrário do que o Rock significa. Tal ato, descrito no começo, é um impulso ao governo autoritário. O Rock, diferente dos estilos que tem surgido ultimamente, questiona pessoas, ideias e objetos idolatrados pela maioria da população. Ele faz as pessoas pensarem se é aquilo mesmo o que elas querem, mostra o que está acontecendo de verdade, tenta mostrar um outro ponto de vista da situação sendo vivida no momento e a fazer as pessoas conseguirem estudar bem todos os pontos de vista e escolherem qual elas acham certo e qual elas acham errado. Muitas pessoas concordam com o ponto de vista de várias bandas de Rock e, por isso, se tornam fãs de Rock. Como tem ocorrido ultimamente, várias pessoas dizem gostar de Rock para poderem ser inclusos na sociedade roqueira. Como eles não são verdadeiros roqueiros, muitos tem medo de qualquer comprometimento com o Rock. Mas os roqueiros de verdade, como sabem que gostam muito do estilo, não temem comprometimento, pois sabem que mesmo que um dia se "desentenda" com o estilo, demorará tempo o suficiente para conseguir romper o tal comprometimento. Nesse caso, o cabelo longo, além de ser útil na "dança" ao som de Rock e Heavy Metal, nesse caso seria um tipo de comprometimento dos fãs com o Rock e com a música (a música de verdade, com intrumentos, nada computadorizado) em geral. Ter um cabelo longo exige paciência, tempo, dinheiro e os homens ainda tem que lidar com o preconceito. Então ele passa anos criando e cuidando de seu cabelo. Esse cabelo passa a ter um significado extremamente importante e especial na relação entre o fã e a música. Ele significa que, se o fã for por acaso deixar de apreciar a música, será em um longo tempo, quando seu cabelo já estiver longo o suficiente e então, a pessoa estará livre para cortar e fazer o que quiser com seu cabelo.
 No caso descrito no começo da postagem, o cabelo dos fãs foi cortado pelos policiais e praticamente seu estilo de vida foi arruinado. Aquele ato foi um total desrespeito com todo o Rock e derivados e todos os seus apreciadores, especialmente as vítimas. O Rock não é errado. Ele é tão certo como qualquer outro estilo. Ele surgiu para criticar as pessoas que não fazem o que deveriam fazer direito, as pessoas que manipulam as outras e também, em grande parte, para contar histórias. Qual é o mal nisso? Como eu disse no meio da postagem, a pessoa perfeita para o governo seria uma pessoa que basicamente não faz nada por si só, faz apenas o que é mandado fazer. O que o Rock, graças a Deus, impossibilita. O Rock ativa a mente das pessoas para elas pensarem bem no que está acontecendo com todos. Ele transforma a sua mente já quase manipulada e te libera da manipulação e te faz ficar contra os manipuladores. Mas quem sai prejudicado nisso? Os manipuladores. O Rock está acabando com suas vítimas de manipulação e fazendo-as, basicamente, pensar e ter autonomia. O que eles não querem, pois são obcecados por poder. Eles querem sempre mais poder e estão dispostos a destruir tudo o que estiver no caminho. E quem são os manipuladores nesse caso? Os policiais. Eles cortaram os cabelos, que precisaram de dinheiro, tempo e dedicação, arracaram seus piercings, que necessitaram de dinheiro e certa coragem, e ainda queimaram suas roupas. As roupas em geral não são baratas e são um dos maiores indicadores que uma pessoa carrega em seu corpo sobre quem ela é. Observando as roupas pode se descobrir o estilo de música que a pessoa gosta, talvez seu emprego, seus passatempos e outras coisas. Então por que queimá-las? Eles querem despersonificar as pessoas. Isso te lembra algo? Talvez o exército, talvez autoridades, talvez obedecer ordens cegamente mesmo que as pessoas acreditem que esteja errado. Mas qual seria o problema em a sociedade lembrar um exército? Um exército foi feito para defender um certo grupo de outros grupos. A ordem nele é necessária para que todos sigam um objetivo e assim consigam juntar forças e facilitar a vitória. Mas a sociedade civil não deve ser assim. Porque ela não existe para defender ninguém, ela não existe para obedecer a ninguém. Basicamente a sociedade civil existe para poder sustentar a sí mesma. As autoridades existem para refletir a opinião da maioria do povo, representá-la, e assim, criando uma certa uniformidade e ordem. E como as autoridades conseguem estar representando as opiniões do povo, se elas o maltratam e fazem coisas que eles consideram errado?